O curso Projetos e métodos para a produção do conhecimento oferece uma visão abrangente sobre os fundamentos da ciência e da metodologia de pesquisa. A partir de uma análise histórica e conceitual, os estudantes são introduzidos aos diferentes tipos de conhecimento (teológico, filosófico, científico e empírico), ao papel do senso comum, ao método científico, às etapas de planejamento e execução de projetos de pesquisa, à estruturação de trabalhos científicos e à importância da comunicação ética e eficaz dos resultados. Cada semana aprofunda um aspecto essencial, culminando na elaboração de um projeto de pesquisa e na produção de um trabalho científico completo.
Apresentação dos quatro tipos de conhecimento: teológico (baseado em doutrinas sagradas e revelação sobrenatural), filosófico (valorativo, emergente da experiência e reflexão), científico (estruturado, sistemático, falível e verificável por método experimental) e empírico (obtido por interação sensorial com o ambiente, sem sistematização rígida). Também foi discutido o senso comum como conhecimento subjetivo, sem metodologia rigorosa, que se reproduz socialmente.
Definição da metodologia científica como prática de pesquisa que envolve observação, controle de fatos, interpretação, explicação e experimentação. Foi enfatizado o uso de hipóteses, coleta de dados (campo, bibliográfica, laboratorial), análise indutiva (amostragem) e dedutiva (aplicação de leis gerais). A importância de conhecer conceitos, leis e teorias pré-existentes para explicar fenômenos foi destacada.
Discussão sobre a necessidade de divulgação científica e os meios de comunicação (publicações, resumos, resenhas, meios eletrônicos). Foi reforçada a obrigatoriedade do rigor ético em todas as fases, incluindo consentimento informado, anonimato, proteção de dados e tratamento igualitário dos participantes. Também foram apresentadas perguntas reflexivas que orientam o pesquisador na definição de propósito, objeto, relevância e procedimentos de coleta.
Orientação sobre levantamento bibliográfico sistemático, leitura interpretativa e uso de bases de dados confiáveis. Foi detalhada a estrutura de trabalhos científicos (pré‑textuais, textuais e pós‑textuais) e a fundamentação teórica, incluindo regras de citação (direta, indireta, da citação) segundo a NBR 10520. Exemplos de estrutura de artigo foram apresentados.
Comparação entre abordagens quantitativa (dados numéricos, amostras grandes, estatísticas) e qualitativa (dados não numéricos, amostras reduzidas, interpretação de significados). Foram listadas técnicas qualitativas (entrevistas, observação, diário de campo) e discutida a diferença entre questionário e entrevista.
Estruturação de um projeto de pesquisa: capa, título provisório, problema de pesquisa, hipótese, justificativa, objetivo, materiais e método, referencial teórico, cronograma e referências bibliográficas. Foi enfatizado que o projeto serve como roteiro e base para a execução da pesquisa.
Orientações práticas sobre leitura de fontes, elaboração do projeto, coleta de dados, análise e interpretação. Foi destacada a importância da redação objetiva, coerência interna, uso de títulos e subtítulos (maiúsculas e minúsculas), tabelas (informações numéricas) e quadros (informações textuais). Também foram apresentadas normas de apresentação tabular do IBGE e de referências segundo a NBR 6023/2018.
1. (1,50 pontos) Qual tipo de conhecimento é caracterizado pelo uso de um sistema rígido de coleta de dados e análise, visando ser provável ou refutável por métodos experimentais?
2. (2,50 pontos) No método científico, qual abordagem de raciocínio envolve analisar informações com base em leis gerais já existentes, em vez de dados de uma amostra?
3. (2,50 pontos) De acordo com as diretrizes de escrita científica, qual tipo de apresentação deve ser usado para exibir informações textuais em vez de numéricas?
4. (3,50 pontos) Qual das seguintes afirmações descreve melhor o papel do referencial teórico em um projeto de pesquisa, conforme o material apresentado?