O texto aborda a relação intrínseca entre ética e produção acadêmica/científica, destacando normas, desafios e implicações sociais da pesquisa.
A produção científica exige rigor ético desde a atribuição de créditos até experimentos com seres vivos, sendo regulamentada por instituições como a Plataforma Brasil.
Definido como apropriação indevida de obras alheias, constitui crime com sanções legais e acadêmicas conforme a Lei 9.610/1998.
Sistema que garante confiabilidade à pesquisa através de verificações empíricas e revisão por pares, visando o bem-estar social.
Normas como as da ABNT e comitês de ética institucionais fiscalizam a integridade das pesquisas em todas as fases.
A dualidade histórica da ciência: embora atual mecanismos garantam ética, reconhece-se que no passado houve pesquisas antiéticas (como teorias racialistas), exigindo constante vigilância.
A ética é fundamento indispensável na academia, estruturando desde relações interpessoais até a validade social do conhecimento produzido, requerendo compromisso coletivo com integridade intelectual.
O texto articula ética como alicerce do ecossistema acadêmico, evidenciando que a credibilidade científica depende de: atribuição correta de autoria, metodologias transparentes e fiscalização institucional, com histórico de autorregulação para evitar repetição de equívocos históricos.
A ética permeia todas as dimensões acadêmicas, especialmente na pesquisa científica que requer rigor na atribuição de autoria e metodologias validadas. Normas como as da ABNT e comitês especializados garantem integridade, coibindo práticas como plágio - crime intelectual com sanções legais. Embora a ciência já tenha cometido equívocos antiéticos, os atuais mecanismos de controle visam assegurar que o conhecimento produzido promova efetivo benefício social.
O texto vincula a ética científica ao bem-estar coletivo, explicitando que pesquisas devem "promover bem-estar social" através de tecnologias e conhecimentos que reduzam sofrimentos humanos.
Apresenta a universidade como microcosmo social onde relações éticas refletem valores civilizatórios mais amplos, sendo espaço de formação cidadã além da técnica.
Olá, aluno, aluna, eu sou professor Eli Wagner, essa é a nossa disciplina de ética, cidadania e sociedade.
Eu tenho afirmado em várias aulas que a ética está relacionada a todos com todos os aspectos da nossa vida.
E o aspecto acadêmico não poderia deixar de ter uma relação com a ética.
Hoje nós veremos alguns aspectos da ética acadêmica, de como nós devemos encarar do ponto de vista ético, a produção científica, a vida na universidade, a relação com o conhecimento e também a relação da produção do conhecimento.
Então, a própria produção do conhecimento, sobretudo conhecimento científico, é faltada por questões éticas bastante rigorosas.
Então, um pouco de ética acadêmica para finalizarmos esse nosso percurso que tratou da ética em diversos aspectos.
Então, a ética está diretamente relacionada à produção do conhecimento.
Principalmente porque a produção do conhecimento científico é baseado em critérios éticos.
Nós veremos por que? Na universidade, no ensino superior, e mesmo na escola no ensino básico, nós temos a ideia de respeito às produções intelectuais dos outros, dos professores, dos estudantes, do pessoal administrativo e dos autores das teorias.
O crédito é sempre dado pelos próprios autores, as ideias devem ser divulgadas dentro das suas referências bibliográficas.
Então, existem regras acadêmicas específicas e existem sancões aplicadas a transgressão dessas regras.
Então, existem alguns tipo de punição também para aqueles trabalhos que são detectados como plágio, por exemplo.
Então, existe todo um cuidado com a produção do conhecimento científico.
Provavelmente, isso começa a ocorrer em séculos passados, mas isso se assentua de maneira bastante eficaz com a produção do conhecimento científico, sobretudo a partir do século 19 do século 20.
Então, a comunidade científica, assim como outras comunidades, ela composta de seres racionais e livres, seres humanos racionais e livres criativos que estão em busca de uma verdade, em busca de um conhecimento.
Nesse sentido, a ética é uma das preocupações dessas instituições educacionais em todos os níveis do básico ao superior.
Por que? Porque a produção do conhecimento é pautada por algumas regras, nós já conhecemos clássicamente aquela sigla ABNT, a associação brasileira de normas técnicas, que regulamenta também os trabalhos acadêmicos, mas não só a referente ABNT, naquela ideia de padronizar os trabalhos acadêmicos.
Mas na ideia também de produzir um conhecimento científico que seja pautado pela ética, porque a produção do conhecimento científico deve ser referenciada pelos seus autores que contribuíram para aquela obra.
E mais do que isso, a produção do conhecimento, especificamente em algumas áreas, envolvem relações com seres humanos, com animais, com a natureza e, sobretudo, quando envolvem relações com seres humanos, aqui eu já tenho um ambiente ético determinado que deve ser pautado por regras.
Então, existe até uma instituição do governo federal, chamado Plataforma Brasil, que faz uma espécie de checagem nas pesquisas científicas desenvolvidas no país para determinar se aquela pesquisa tem uma aprovação dessa comissão de ética do governo federal.
Então, a ética perpaça vários aspectos da produção acadêmica.
Muito bem, continuando.
Se você já ouviu a expressão, isso é comprovado científicamente, essa expressão parece que dá uma credibilidade ao conhecimento que está sendo divulgado.
Essa credibilidade vem também de um aspecto ético.
Nós sabemos que existe um método científico.
O método científico tem um compromisso ético com a transmissão do conhecimento.
Então, o método científico, ele é cercado, ele é estruturado de elementos que promovem uma aferição da realidade das coisas, da verdade da realidade das coisas.
Então, existe o método empírico, observacional, existe o método estatístico, existe o método de comprovação entre pares.
Então, existem vários métodos que compõem o chamado método científico que tem uma inspiração ética.
Por quê? Porque, supostamente, a busca pela verdade da natureza das coisas de um ponto de vista científico é uma ação humana baseada numa intencionalidade ética.
A própria busca da verdade científica tem um coeficiente ético que promove o bem-estar.
Mas de que forma ciência promove bem-estar? No sentido de que ela cria teorias que resolvem problemas, essas teorias criam novas tecnologias, por exemplo, medicamentos, que diminuem um sofrimento humano.
Então, a ciência, o ponto de vista mais amplo e até uma questão bastante interessante da definição de ciência, a ciência trabalha no sentido da diminuição do sofrimento humano.
Em várias frontes de trabalho na medicina, na fisioterapia, na administração de empresas, no design, tudo isso é adaptação de conhecimento científico para elementos de promoção do bem-estar social.
Então, a ciência trabalha no sentido do bem-estar social.
De esse ponto de vista, ela é uma atividade ética.
Agora, para a produção do conhecimento científico, é preciso também ter ética no sentido de dar os créditos aos autores das teorias, porque o universo acadêmico é um universo de desenvolvimento de ideias, e esse desenvolvimento de ideias deve ser creditado aos seus autores originais, para que não haja o plágio.
O plágio é uma atitude condenável dentro do ambiente científico.
Então, essa ideia é que isso é científicamente comprovado, faz muito sentido do ponto de vista ético, porque se é científicamente comprovado, passou por critérios éticos da produção do método científico.
Então, uma palavra importante aqui é o método científico.
Essa expressão aponta para confiabilidade dos conhecimentos científicos, que é proporcionada pelo método científico, que nós devemos compreender que o próprio método científico tem elementos éticos.
Como? A ciência se propõe uma investigação sobre a realidade do mundo natural e humano, o método científico pretende garantir a confiabilidade desse conhecimento e a confiabilidade desse conhecimento vai trazer bem-estar social, mesmo que indiretamente.
Então, promove-se o bem-estar social através da ciência.
Além disso, existem as relações entre os pesquisadores, os professores e os alunos.
Então, essas relações são relações paltadas por regras éticas, por normas éticas.
Assim, a construção do conhecimento se dá em uma estrutura institucional que necessita de normas de regulamentação da produção científica.
Por isso, que existe a famosa ABNT e que ABNT também regulamenta essa forma de produzir conhecimento de maneira segura científica e ética.
Então, a transmissão do conhecimento se dá em um ambiente de altruísmo, em um ambiente de intencionalidade de bem-estar social.
E o plágio, como que o plágio entra dentro desse universo? O plágio pode ser definido como a copia integral ou o parcial de um texto ou de uma ideia.
Então, na produção dos trabalhos acadêmicos, o plágio é punido com uma regra, com uma norma institucional.
O plágio pode acontecer de diferentes formas, desde citações sem a menção do autor original.
Então, se eu copio o trecho de um texto e coloco aquele trecho do texto, sem dar o crédito ao autor do texto, eu estou cometendo um plágio.
Porque, na leitura, o leitor desavisado, ele vai pensar que aquilo é um desenvolvimento teórico, seu particular de quem está produzindo aquele texto.
Na verdade, ele é retirado de uma fonte.
E a citação também não tem só essa função de dar o crédito para quem desenvolveu aquela ideia, aquele conceito.
Na verdade, é uma divulgação de outras obras.
Então, parte do trabalho de formação científica acadêmica é conhecer várias fontes bibliográficas.
Então, a cada momento você tem contato com outros autores.
Então, você está lendo um texto, se depara com uma citação.
Olha, o autor também tratou.
Vou procurar o livro dele.
Você vai até a bibliografia final do livro.
Na bibliografia final, você vê a referência que não pode ajudar na sua própria pesquisa.
Então, o plágio é proibido e é punido nas academias do mundo todo.
O plágio é uma prática criminosa, segundo a lei 9.
610 de 1998, que trata dos direitos autorais.
Então, se nós estamos falando de direitos também, no universo da ética, uma forma de quebrar o direito, de ferir essa ideia de um direito particular, é copiar no texto.
A lei assegura ao todo o direito a uso e a distribuição de sua criação, que pode ser textual, audiovisual, comercial, a copia integral, ou o parcial de obras, pode resultar no recolhimento dos materiais que contém esse plágio.
É importante, então, conhecer as maneiras corretas de utilização das fontes de pesquisa.
Isso faz parte da ética também.
Então, para evitar o plágio, eu devo entender como que eu faço a citação.
Todos os formatos de plágio são passíveis de punição, a punição legal, independentemente, da copia, ser integral, ou estar presente apenas em alguns excetos, em alguns tópicos.
Então, há uma punição para o plágio.
Também é fundamental conhecer essas normas, que regulamentam os trabalhos científicos, elas são organizadas, como eu já disse, na ABNT, pela associação brasileira de normas técnicas, e oferecem as diretrizes para pesquisa científica.
Uma boa estratégia para a produção científica, acadêmica, que seja regulamentada, ética e bastante bem conduzida, é a aquisição de um livro de uma obra de metodologia do trabalho científico.
Geralmente, as obras de metodologia do trabalho científico já trazem as regras éticas de produção do conhecimento científico e vão citar ali algumas regras da ABNT.
Dessa forma, ao conhecer as normas, que a ética é uma ação racional de conhecimento das normas, é mais fácil evitar o erro, na hora de escrever um texto acadêmico, de entregar num trabalho, de produzir o conhecimento.
Dentro das atribuições do universo acadêmico, está a produção do conhecimento.
Durante muito tempo, enquanto alunos e professores e pesquisadores, nós reproduzimos o conhecimento dentro do nível da instituição, mas chega um momento que produzimos o conhecimento para divulgação externa a universidade e as escolas.
Essa produção, que vai servir a sociedade, deve ser pautada por elementos e princípios da ética também.
Muito bem, segunda a associação brasileira de normas técnicas, a citação que vai evitar o erro do plágio é a menção de uma informação extraída de uma outra fonte.
Então, para evitar o plágio, eu faço uma citação.
O seu uso visa a sustentar uma argumentação, então, se eu estou argumentando através de um conceito, eu posso sustentar, de alguma forma, reforçar o meu argumento com uma citação de um autor importante daquela área, mas sempre dando os créditos para ele.
Por isso é fundamental fazer a citação de maneira correta.
Dados créditos ao autor é uma atitude ética.
Então, a ética passa até pela produção dos trabalhos acadêmicos.
As citações podem ser diretas ou indiretas.
Elas podem ser acitação no corpo do texto, mas também podem ser destacadas.
Os comiteis de ética vão julgar os trabalhos.
Os professores julgam os trabalhos.
E os professores também acabam desenvolvendo ferramentas.
Existem ferramentas anti plágio, existem ferramentas que tentam detectar.
Isso é aquele trabalho.
É fruto de um esforço teórico feito pelo alurro, ou se é uma copia de um trabalho.
Veja que se é uma copia, se caracteriza mesmo como uma atitude antietica.
Então, a educação também passa por essas questões.
Formados por pesquisadores da área de saúde, ciências exatas, sociais humanas, os comiteis fazem a análise da produção científica global, dos seus pares, dos alunos e dos pesquisadores.
Então, esses comiteis de ética decidem, se uma pesquisa é éticamente aprovada ou não.
Então, através das normas que são direcionadas, esse universo pode ser ter a comprovação da natureza ética, da produção daquele conhecimento, dentro de uma pesquisa científica.
Então, a ideia de garantir um procedimento para os pesquisadores é baseada numa ideia geral de ética.
Então, a ética está presente também, na produção do conhecimento.
Nesse sentido, a pesquisa científica se afasta de experiências humanas, nas quais a própria ciência se mostrou antietico.
Eu preciso notar, então, para fechar esse bloco, que a ciência nem sempre teve uma história ética.
A própria ciência já desenvolveu teorias pseudo-científicas, teorias racialistas, teorias que de alguma forma provocaram um experimento científico não autorizado por um comitê de ética.
Então, a própria ciência já transogrediu o universo da ética.
Hoje, todo esse universo da pesquisa científica é muito bem regulamentado para que essas experiências antieticas produzidas pela própria comunidade científica em alguns contextos específicos, a que se dizer isso também, não se repita.
Toda a comunidade científica e acadêmica é totalmente regulamentada e totalmente aferida e estudada pelos comitêes de ética.
Nesse sentido, a pesquisa científica se afasta, então, de experiências que não são experiências éticas.
Então, não é possível retirar a ciência e a pesquisa e o mundo acadêmico do universo da ética, porque a ética está relacionada a todas as ações humanas.
A história da ciência demonstra que os seres humanos já tiveram problemas éticos com a própria pesquisa científica, então, hoje, a pesquisa científica é pautada por instituições analisada por instituições, investigada por instituições que têm como critério esses critérios de eticidade.
Essas instituições permitem que as pesquisas sejam acompanhadas nos diferentes estágios desde a submission até a aprovação final por essas instituições, quando o necessário possibilitando, inclusive, o acompanhamento na fase de campo, na pesquisa de campo.
Então, as pesquisas são de alguma forma inspecionadas por comitêes de ética.
E aí, nós temos, então, a finalização com essa questão da ética acadêmica, de todo um percurso que nós fizemos no universo da ética, da cidadania e da sociedade.
Então, todos os aspectos da vida humana são aspectos que podem ser investigados através de uma perspectiva ética.
Bom, os estudos a todos.