Análise do texto sobre táticas de revisão textual

Respostas às questões principais

1. Do que se trata o texto?

O texto aborda estratégias para revisão de produções textuais acadêmicas, destacando técnicas para autocorreção e aprimoramento da escrita científica.

2. Principais assuntos abordados

  • Personalização do processo de escrita: A escrita é um processo individual que requer autoconhecimento e desenvolvimento de métodos próprios
  • Táticas de revisão: Incluem deixar o texto "descansar", reler como leitor externo, marcação de trechos problemáticos e reescrita
  • Elementos linguísticos: Ênfase na revisão de coerência, coesão, pontuação, concordância e adequação ao gênero acadêmico
  • Diferença entre oralidade e escrita formal: Análise do uso inadequado de marcas de oralidade em textos científicos

3. Ponto de maior atenção

A criação de um roteiro de revisão personalizado, identificando pontos fracos recorrentes na própria escrita para desenvolvimento de estratégias específicas de autocorreção.

4. Conclusão sobre o texto

O texto apresenta um método estruturado para revisão textual na academia, enfatizando que a boa escrita científica requer múltiplas revisões, autoconhecimento linguístico e distanciamento crítico do próprio texto.

Exemplos citados no texto

  • Deixar o texto descansar: Comparação com guardar textos em gavetas (como se fazia antes dos computadores)
  • Problemas de concordância: "Foi feito muitas mudanças" (oral) vs. "Foram feitas muitas mudanças" (escrita formal)
  • Uso inadequado de "você": Em entrevistas transcritas, mostra o uso genérico do pronome como marca de oralidade
  • Substituição vocabular: Usar "veículos" em vez de repetir "avião, carro, bicicleta"

Análise resumida

O material apresenta um método sistemático para revisão textual acadêmica, organizado em etapas progressivas: distanciamento temporal, leitura crítica, marcação de problemas e reescrita fundamentada. Destaca a importância da autorreflexão sobre o processo de escrita e fornece exemplos concretos de desafios linguísticos comuns em produções acadêmicas.

Bloco de análise textual

1. Separação de ideias principais e secundárias

  • Principais:
    • Necessidade de múltiplas revisões
    • Desenvolvimento de roteiro personalizado
    • Distanciamento crítico do texto
  • Secundárias:
    • Exemplos específicos de problemas linguísticos
    • Comparações históricas (máquina de escrever/gavetas)
    • Casos de análise de entrevistas

2. Paráfrase do conteúdo

A aula propõe técnicas para revisão de textos acadêmicos, começando pelo distanciamento temporal para permitir leitura crítica. Sugere marcar problemas e criar um roteiro personalizado de revisão, abordando aspectos como coerência, coesão e normas gramaticais. Exemplifica desafios comuns como concordância verbal e marcas de oralidade, enfatizando que a escrita científica requer múltiplas revisões até atingir clareza e formalidade adequadas.

3. Inferências sobre o texto

  • A prática constante de escrita desenvolve a autoconsciência linguística
  • Textos acadêmicos exigem diferentes níveis de revisão (conteúdo e forma)
  • O domínio da norma padrão é fundamental para comunicação científica eficaz
  • A revisão não é apenas correção, mas reconstrução do texto

4. Questões pertinentes

  • Como adaptar essas técnicas para diferentes gêneros acadêmicos?
  • Quais ferramentas digitais podem auxiliar no processo de autocorreção?
  • Como equilibrar originalidade acadêmica com normas de citação?
  • Quais estratégias são eficazes para identificar vícios de linguagem pessoais?

Tópicos específicos abordados no texto

Mobilizar estratégias para autocorreção

  • Distanciamento temporal (deixar o texto "descansar")
  • Leitura na perspectiva de terceiros
  • Marcação sistemática de problemas (cores/símbolos)
  • Revisão focada em aspectos específicos (coerência → coesão → gramática)

Roteiro de revisão para produções autorais

  • Verificação de coerência lógica e progressão temática
  • Análise de elementos coesivos (retomadas, conectivos)
  • Revisão gramatical (concordância, regência, pontuação)
  • Checagem de adequação ao gênero acadêmico
  • Eliminação de marcas de oralidade e informalidades
  • Verificação ortográfica com apoio de dicionários

Texto original

O texto original pode conter falhas de gramática ou de concordância, isso ocorre porque ele foi obtido por um processo de extração de texto automático.
Texto extraído do video Leitura e Produção de textos - Táticas de Revisão

O Lá pessoal tudo bem? Nesta aula 13 da Semana 7, nós vamos estudar um pouco sobre as táticas de revisão das suas próprias produções textuais.
Então, o objetivo da aula é apresentar e dar a conhecer algumas táticas de revisão de sua própria escrita.
Em primeiro lugar, devemos lembrar que a escrita é sempre bastante pessoal.
Então, algumas táticas comentadas aqui servirão para uns mais do que para outros e viceversa.
Algumas outras serão poderão servir melhor para alguns e não tanto para outros.
Então, a escrita e a reescrita é um processo muito pessoal, porque, como vimos durante o curso todo, o importante é que a gente escreva um texto estimulado pela nossa curiosidade criativa, e não que a gente escreva um texto somente para reproduzir o que outros textos já disseram.
Ou seja, é interessante que os nossos textos escritos na Universidade avançam sempre o conhecimento.
E é por isso que é fundamental você reedir ressaltar, que saibamos ler bem também os artigos científicos e os textos acadêmicos de forma geral.
Porque é só entendendo qual é o estado da arte, ou seja, qual é o estado que atingimos na pesquisa de um determinado tema de um determinado assunto.
Aqui vamos conseguir perceber o que um determinado artigo avança naquele conhecimento, ou não avança, e o que nós mesmos poderemos pesquisar para avançar o conhecimento, que é o objetivo da Universidade, como a Lunos Universitários.
É importante que vocês tenham isso em mente.
Portanto, a escrita e a lentura independem da área específica que vocês sidentam na graduação.
Porque o gênero acadêmico, o texto científico, o paper, ele perpaça todas as áreas.
Ele é a forma de comunicação por excelência na academia.
Primeira tática de revisão é deixar o texto descansar.
Eu trago aqui uma imagem de um móvel com gavetas para vocês se lembrarem de deixar o texto descansar.
Tincamente, quando a gente não escrevia o texto no computador, mas escrevia na máquina de escrever ou então a mão, a gente guardava o texto em gavetas.
E é importantíssimo que a gente deixe o texto guardado no tempo, que a gente não escreve, depois já saia relem do para corrigir e para consertar.
É importante a gente escrever uma primeira versão, que ela escrita, que sai de uma vez, mesmo que seja uma escrita curta, mesmo que numa sentada você conseguiu escrever dois parágrafos, não tem problema.
Às vezes é o que a gente vai conseguir escrever num dia e a gente precisa aceitar.
Há dias que a gente vai conseguir escrever mais e melhor.
Então, o processo de escrita é um processo que segue um ritmo, um pouco diferente do ritmo da nossa cotidiana, com trabalho e todas as nossas atribuições.
A escrita ela tem um ritmo próprio e a gente precisa ser capaz de respeitar esse ritmo próprio.
Por isso que eu sempre indico para os alunos, quando tem um trabalho escrito, acerei entregue na universidade, que começa a fazer com bastante antecedência.
Porque a tendência é que se a gente tiver poucos dias para escrever, talvez esses poucos dias não sejam os dias que estejam os mais hábitos para a escrita.
E outra questão é que isso atrapalha essa primeira tática que é deixar o texto descansar.
Tudo bem? A segunda tática, depois de o texto ter descansado, que vocês peguem novamente o texto, e o releiam, mas não na posição descritou, a posição de leitor, e o que vai fazer com que vocês se movem para a posição de leitor é esse distanciamento do texto.
É quase como se o texto não tivesse sido escrito por você, é quase como se você tivesse pegando um texto escrito por uma terceira pessoa.
Então, você vai tentar se colocar na posição de leitor.
Para ver se as ideias ali colocaram as estão claras, se as relações entre as ideias são de fato as relações que fazem mais sentido, são as relações pretendidas.
Se tiver alguma questão que esteja estranha ou que você não consiga entender na primeira leitura, na posição de leitor mesmo, é porque ali alguma coisa precisa ser melhorada.
A terceira tática é adiantar agrifar e marcar o texto.
Então, todos essas passagens que não ficarem claras, todos esses trechos que vocês não têm certeza do que quiseram dizer, tudo que fica um minimamente obscuro, vocês precisam anotar agrifar e marcar.
Então, isso pode ser feito fisicamente com o caneta marca texto, vocês imprimem o texto, ou pode ser feito no Google Docs, que é uma ferramenta que vocês têm acesso como a luna da Universita, porque eu vou falar um pouquinho na próxima aula.
Não importa se vai ser físico ou digital, o importante é que vocês enfrentem o texto, escrevendo sobre ele, marcando, criando códigos eventualmente, um código de cores, um código de símbolos que mostrem esse processo de enfrentamento do texto para facilitar a próxima parte da reescrita.
Então, vocês vão ter que obrigatoriamente reescrever.
Então, eu trago aqui esse gifzinho para ficar bem evidente que não há escrita, sem reescrita.
Esse vai ser o tema inclusive da nossa próxima aula, então eu não vou me dê ter tanto aqui, mas justamente essas partes que foram anotadas, que foram grifadas, que foram marcadas, são as partes que vocês vão precisar reescrever, reordenar, pontuar de uma outra forma, concertar um problema de ortografia, por exemplo, um problema de concordância, certo? E verificar se aquele trecho está de fato claro, coerente e coeso.
A seguir, vocês vão conseguir estabelecer um roteiro de revisão.
A partir das marcações que vocês fizeram, vocês têm que começar a agrupar as marcações em grandes conjuntos, então essa marcação que eu fiz é um problema de coerência.
Então, a nota em lá, revisar, com cuidado, a coerência das ideias.
Ah, este problema que eu estou notando aqui é uma questão ortográfica, uma palavra que eu nunca me lembro, se escreve com o z, ou com esse.
Então, escreva lá, ortografia, palavras, s, z.
E vocês vão estabelecendo um roteiro, que é um roteiro muito pessoal, muito individual, muito particular, certo? Esse é o ponto mais importante do processo de revisão, que vocês têm um roteiro próprio, para cada um, porque isso faz com que você se conheça como escritor e que você tome consciência do seu processo de escrita.
Isso que a gente chama de atividade epilinguística, que está lá no Dundos 3, vocês leiram no começo da Semanesa, no começo da disciplina.
Essa atividade epilinguística é a atividade de reflexão sobre a própria língua e os instrumentos da língua.
Então, montar o seu próprio roteiro de revisão é fundamental para que você se conheça como escritor.
Na sequência, eu dou uma sugestão de roteiro, mas é apenas uma sugestão, uma sugestão geral, certo que pode ou não se aplicar vocês que vocês podem ou não pegar alguma ideia daqui.
O primeiro item que eu acho importante com o estado roteiro é a verificação de coerença, então eu preciso que vocês leiam as ideias ali presentes para ver se pelo texto elas fazem sentido.
Então, elas não podem fazer sentido pela ideia que está na cabeça de vocês, por isso que é importante deixar o texto descansando.
Elas têm que fazer sentido pelo texto escrito apenas, não pode ter nada na cabeça de vocês que não esteja ali registrado no texto de forma bastante clara, certo? Depois, quanto a coesão? Eu coloquei ali alguns exemplos que vocês podem revisar quanto a coesão.
A questão das retomadas, então as palavras que vocês estão utilizando para retomar estão retomando claramente o que vocês pretendiam retomar ou não, ou a retomada causa uma ambiguidade.
Se você usar, por exemplo, o pronome esse será que não tem nenhuma outra palavra que esse pronome pode retomar e que não é exatamente a palavra que vocês querem que ele retome.
Como consertar isso? Isso é uma questão de coesão que precisa ser revista, com cuidado, com calma, paciência e minúcia.
A questão das repetições, o texto escrito vai contê repetições ainda mais na primeira versão, certo? A ideia não é a gente eliminar completamente a repetição, porque a repetição é constitutiva da língua.
Então, a gente vai repetir algumas estruturas, elas são muito repetidas nos textos.
Mas, algumas podem ser evitadas e essas que podem ser evitadas sobre as quais vocês têm que trabalhar, certo? A questão da substituição, a gente não precisa substituir por um sinônimo perfeito, ainda que a gente possa consultar um bom dicionário de sinônimos.
Mas a gente pode substituir por termos mais amplos ou mais restritos que dizem respeito à mesma ideia.
Então, aquela questão que a gente já viu de peronímia e ponímia.
Então, um avião, um carro, uma bicicleta são todos veículos.
Então, se você não quiser repetir essas três termos, você pode colocar os veículos, por exemplo, citados.
Essa é uma substituição possível.
A questão da pontuação é fundamental, se vocês não se lembrarem das regras de pontuação, na aula que vem, eu vou falar sobre alguns recursos que vocês podem usar para escrever de acordo com a norma padrão.
Então, aquelas regras que a gente aprende na escola não separar por vírgula o sujeito e o objeto.
Não separar por vírgula o sujeito e o predicado da oração nem o verbo do seu objeto.
Então, todas essas regras de pontuação, que é importante que vocês se lembrem, aqueles termos essenciais da oração que não podem ser separados por vírgula.
Depois, um outro ponto, a questão da concordância.
É muito comum nos textos escritos, a gente colocar o sujeito depois do verbo.
Algumas vezes, na oralidade só acontece também, mas na escrita é bem frequente.
Quando isso acontece, a nossa tendência deixa o verbo sempre no singular.
E, às vezes, o sujeito que vem na sequência é plural, então, a gente pode dizer, foi feito muitas mudanças na aula tal.
Esse foi feito muitas mudanças, essa construção é típica da oralidade.
Então, a gente vê nos grandes projetos de pesquisa da língua falada, que essa é uma construção que aparece bastante, que é a construção que a gente denomina de concordância zero, só que na língua escrita, principalmente no gênero acadêmico, a gente tem que fazer a concordância entre o verbo e o sujeito.
Então, nesse caso, foram feitas muitas mudanças.
Então, é importante vocês verificarem isso, porque isso é uma coisa que passa muitas vezes despercebida.
Quando o sujeito está muito distante do verbo, então, a gente coloca o sujeito no início da frase, coloca várias informações sobre esse sujeito e o verbo está lá longe.
É comum a gente ter problemas de concordância nesse caso.
Então, é bom sempre recuperar.
Percebe onde está o verbo, percebe onde está o sujeito, para ver se a concordância está ok.
E isso acontece também com os termos muito distantes entre si, que não precisam ser necessariamente substantivos e vervos, mas pode ser substantivo, artigo, adjetivo.
Quando as palavras ficam muito distantes, é importante a gente verificar essa concordância está bem feita.
A ortografia é sempre bom a gente ter um dicionário em mãos, hoje em dia tem muitos dicionários eletrônicos e a gente desconfiar das palavras que a gente está escrevendo.
Então, se você escreve uma palavra e falar, vai ser a que se escreve, essa palavra você tem que procurar no dicionário.
Não tem como se furtar disso.
Aproveita a facilidade que a gente tem hoje em dia de procurar uma palavra em cenário.
Lembre-se de que antigamente a gente tinha que pegar aquele livro enorme, cheio de páginas e até encontrar a palavra com aquela letra pequenininha para verificar ser assim que se escrevia.
E se você achar inconveniente, faça uma listinha, uma espécie de uma lista de vocáblos próprio, em que você escoloquem as palavras que geram mais dúvidas e que vocês procuraram, porque quanto mais vezes a gente escreve aquela palavra, mas a gente vai memorizando a forma gráfica ortográficamente correta.
E a última questão é a questão da oralidade da informalidade, como a gente usa a língua muito mais tempo para falar em situações informais, é comum que a gente deixa passar algumas expressões, alguns traços que caracterizam essa informalidade, a soralidade, protesto escrito.
Então é importante que a gente consiga perceber isso, isso é um treino, a gente vai percebendo aos poucos, que alguns termos algumas expressões não devem ser colocadas num texto acadêmico, um artigo científico, por exemplo.
Então é importante fazer um pente fino da revisão para verificar o nosso texto apresenta, o que a gente chama de marca de oralidade.
E aí eu queria dar um exemplo para vocês de uma questão da oralidade, provavelmente um indício de mudança linguística, que é a questão do pronome você.
Eu vou colocar dois exemplos de entrevista em que aparece essa forma por 100.
Então aqui a gente tem um tipo de texto específico, que é a entrevista, certo? A entrevista normalmente é concedida oralmente por pelo entrevistado, alveícolo, al jornalista ou a jornalista, nesse caso é hoje, jornalista ou siobarros, certo? E o jornalista depois transcreve esse texto e publica por escrito.
Só que nessa passagem, essa transcrição do texto falado, pro texto escrito, normalmente o jornalista preserva alguns traços da língua falada.
E isso é interessante, porque é um gênero entrevista e o gênero permite essa questão mais informal, mais próxima da oralidade.
Então alguns tipos de textos escritos, eles podem contê traços de oralidade, outros não, artigo científico, por exemplo não.
Então aqui a gente tem lá entrevista, que tem um título coronavírus, renda de mais pobres, terá impacto negativo, 20% superior à média.
E aqui um breve resumindo, olha a projeção de Deborah Freyle da UFMG, qual a altura de estudos sobre impactos da crise econômica, provocada pela disseminação do coronavírus.
E aí eu vou procurar a palavra você para vocês entender como ela funciona.
Então aqui o levantamento de vocês projetas como a crise econômica causada pelo coronavírus poderia afetar o PIB, o emprego e o consumo da família.
Das famílias, vocês também fizeram um recorte por faixas de renda.
O choque tem de atingir as famílias de maneira desigual.
Esse que aparece aqui é o clássico uso do pronome você, é o uso tradicional dele, porque o você se refere a pesquisadora, que é professora da UFMG, e é o grupo de pesquisa dela.
Então aqui a gente tem um você que retoma lá a interlocutora e o grupo de pesquisa, que é esse centro de desenvolvimento planejamento regional.
Então aqui a gente tem um uso clássico de você.
Aqui a gente tem a pergunta no setor de serviços com as famílias consumindo menos, os empresários começam a ter menos demanda e a mandar as pessoas empregadas embora.
Ela responde, você tem no setor de serviços muitas pequenas empresas, a academia, a serviço de alimentação, que vão ser bastante afetados porque as famílias de classe mais baixa perten renda, com só menos, as firmas não conseguem manter seus empregados, mano pessoas embora, que ficam sem renda e assim para aumentando cada vez mais o desemprego.
E aí, aqui embaixo ela continua.
Então, quando você reduz crescimento em prego, você tem o impacto direto dessa redução na renda das famílias.
Gostaria que vocês perceberem que esses usos de você, nesta resposta da entrevistada, eles são bastante diferentes daquele primeiro você, que a gente viu que faz referência à própria pesquisadora e aos demais pesquisadores dos grupos de pesquisas dela.
Aqui, esse você é um você que a gente chama genérico, é um você que não faz referência à leitura, não está falando com leitura, não está falando com o entrevistador, que é o jornalista, mas ele tem um valor de em pessoalizar o discurso.
Então, você tem no setor de serviços, seria mais ou menos como se a gente disserse na modalidade escrita, formal da língua, tem-se no setor de serviços, muitas pequenas empresas, ou há no setor de serviços, muitas pequenas empresas.
Esse você, então, ele não tem a rigor, um valor de pronome, ou seja, ele não está recuperando uma pessoa do discurso, mas ele está generalizando para quase todas as pessoas.
Então, ele não tem um referente pessoal, ele tem uma generalização tão extrema que é quase como se ele tivesse constatando que alguma coisa existe.
Se a gente fizer a substituição pelo verbo-avereira aqui no final, também dá certo.
Então, quando você reduz crescimento em prego, você tem um impacto direto dessa redução nas as famílias.
Vamos substituir, então, quando há redução de crescimento em emprego, há o impacto direto dessa redução na renda das famílias.
Então, a gente poderia até trocar, quando há redução de crescimento em emprego provoca-se um impacto direto dessa redução na renda das famílias.
Então, esses usos de você, eles são bem distintos entre si, e esse você que aparece aqui na resposta dela, é um você muito próprio da oralidade.
Em quase todas as entrevistas, vocês podem reparar, e esse que eu usei agora, é um pronômico clássico, que ele está fazendo referência a vocês que me ouvem.
Mas em toda a entrevista, vocês podem perceber esse uso genérico de empecialização do discurso do você, e é importante vocês saibam diferenciar.
Aqui, eu trouxe mais um exemplo, uma outra entrevista, não há precedentes para a crise econômica causada pelo coronavírus na história recente, de economista mônica de bolhe.
E aqui ela responde a pergunta do entrevistado, aqui está entre aspas, certo? Não temos precedentes para isso na história das crises 60.
Não temos como comparar isso que está acontecendo com o cenário, por exemplo, de 2008, são crises de natureza muito diferentes.
Em 2008 foi uma crise de natureza financeira, uma crise causada por epidemia, ou seja, quando você junta uma crise econômica com uma crise de saúde, é algo inédito.
Esse você tem o mesmo valor daqueles que a gente acabou de ver, um voce genérico, então daria para a gente substituir, por exemplo, por ser, quando se junta uma crise econômica com uma crise de saúde, ou quando se junta uma crise econômica com uma crise de saúde, produce algo inédito.
Então ele tem, de novo, essa função de em pessoalizar o discurso, de ser genérico.
Aqui, na pergunta do jornalista, esse você faz referência ao entrevistado, a entrevistada.
Então você tem esse manifestado de maneira a contrário a isso, porque você considera esse estratégia pouco efetiva.
Então aqui é o você, o uso clássico do pronômio, que tem um referente explícito que é a entrevistada, certo? Então aqui ele não tem o mesmo uso que a gente acabou de ver.
Aqui é a mesma pergunta que a gente viu o trechinho lá no início da entrevista, que é quando ela responde na pergunta específica, que é colocada.
Então aqui é o final, numa paralização dessas, você tem paralização de oferta, paralização de demanda.
Então não é você, jornalista nem você leitura.
É que há paralização de oferta e paralização de demanda.
Bom gente, espero que tenha ficado claro, o objetivo da aula foi mostrar para vocês como se faz a revisão.
E no final de tudo isso, ou seja, desse procedimento dessas táticas de revisão que a gente viu ordenadas, é interessante que você repita o processo.
Então o texto é fruto de várias reiscritas.
Então depois que você escreveu, guardou o texto, fez todas aquelas etapas, guarde novamente o texto, deixe ele descansar e aí faça esse processo.
Só até você chegar numa versão que você considera pronta, certo? Ou até como a gente pode lembrar da vida real que você tem o prazo para entregar e que não dei mais tempo de você fazer nenhuma alteração no texto.
Bom, a ideia da aula de hoje era essa, espero que tenha ficado tudo claro e bons estudos para vocês.