O texto analisa a formação literária de Jorge Luis Borges, explorando suas influências familiares, experiências juvenis, processo criativo e a construção de sua identidade como escritor.
A relação simbiótica entre herança familiar e construção identitária: Borges assume o "destino literário" do pai como um contrato tácito, transformando limitações (cegueira) e pressões em elementos fundadores de sua obra.
O ensaio demonstra como Borges forjou seu estilo através de um processo acumulativo: assimilação crítica de influências (familiares, literárias e geográficas), experimentação persistente e refinamento consciente de sua voz literária, marcada pela concisão e universalização de temas locais.
O texto traça a gênese do escritor Borges através de três eixos: 1) Raízes (herança anglófila, pressão familiar e cultura portenha), 2) Crisálida (experimentações na Espanha e assimilação de vanguardas), e 3) Voo autoral (síntese estilística no retorno à Argentina). Destaca como transformou limitações físicas e expectativas familiares em alavancas criativas, desenvolvendo uma literatura que universalizou temas locais através de precisão linguística e densidade filosófica.