O texto apresenta uma visão histórica da ciência e do método científico, desde a Grécia Antiga até a ciência contemporânea. Ele discute como a concepção de ciência evoluiu, os debates sobre o método (indução, empirismo, racionalismo, falsificabilidade), o surgimento do cientificismo e suas críticas, e a ruptura com a certeza absoluta trazida pela mecânica clássica, culminando nas teorias da relatividade e da mecânica quântica.
A crítica ao método indutivo‑confirmável e a ascensão do pensamento crítico (Popper, Duhem) que questionam a ideia de que a ciência pode chegar a verdades definitivas.
A ciência não é um conjunto estático de leis, mas um processo dinâmico de construção e revisão de teorias. O método evolui conforme novas evidências e paradigmas surgem, e a ciência permanece aberta a revisões, refletindo a complexidade e a incerteza do mundo que estudamos.
A ciência, ao longo da história, tem sido vista de maneiras distintas. Na Grécia, filósofos buscavam a ordem natural sem a intervenção de deuses, enquanto na Idade Média a ciência era moldada pelo pensamento cristão. O Renascimento trouxe uma nova ênfase na observação e experimentação, culminando na revolução científica de Galileu e Newton, que introduziram a matemática como linguagem da natureza. No século XX, Einstein e os pioneiros da mecânica quântica mostraram que a realidade não pode ser descrita por leis determinísticas simples, levando a uma crise de confiança no cientificismo. Hoje, a ciência é reconhecida como um processo crítico e provisório, onde teorias são constantemente testadas e revisadas.
O texto traça uma linha do tempo que vai da Grécia Antiga até a ciência contemporânea, destacando como a concepção de ciência e o método científico mudaram ao longo dos séculos. Na Grécia, os pré‑socráticos e Aristóteles buscavam explicações racionais para os fenômenos naturais, estabelecendo a base da investigação empírica. No Renascimento, Bacon e Galileu introduziram a observação sistemática e a experimentação como pilares do método científico, afastando-se do dogmatismo aristotélico.
A partir do século XIX, o positivismo e o indutivismo de Newton e Kant consolidaram a ideia de que a ciência poderia chegar a verdades absolutas por meio da observação e da indução. Contudo, essa visão foi desafiada por filósofos como Popper, que argumentou que a ciência não pode confirmar universalmente uma teoria, apenas refutá‑la. Duhem ampliou essa crítica ao mostrar que a validação de teorias depende de hipóteses que guiam a observação.
A revolução da física moderna, com Einstein e a mecânica quântica, introduziu a incerteza e a relatividade, mostrando que a realidade não pode ser descrita por leis determinísticas simples. Isso levou a uma ruptura com o cientificismo, reconhecendo que a ciência é um processo crítico, provisório e sempre sujeito a revisões.
Assim, a pesquisa científica é vista como uma busca contínua por explicações que se alinhem com a realidade observável, mas sempre sujeitas a novas evidências e revisões. Os fundamentos do fazer científico incluem a observação, a formulação de hipóteses, a experimentação e a crítica constante, refletindo a natureza dinâmica e interativa do conhecimento científico.